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O presente artigo apresenta um relato de experiência do estágio obrigatório em Psicologia Social. O trabalho foi desenvolvido em uma instituição beneficente do munícipio de Criciúma – SC. Participaram das atividades mais de 80 jovens, com idades entre 14 e 24 anos. A comunicação em foco apresenta reflexões produzidas a partir de um dos módulos temáticos desenvolvidos ao longo do estágio, elaborado com o objetivo de que os/as jovens identificassem como os estereótipos acerca da constituição de gênero formam percepções de mundo e como podem reproduzir desigualdades na sociedade. O módulo foi realizado por meio de uma atividade mediadora, envolvendo a confecção cartazes com o registro de alguns dos estereótipos percebidos pelos/as jovens. Em linhas gerais, os/as jovens refletiram sobre o fato de que as características atribuídas às mulheres, registradas por cada grupo, estavam relacionadas a comportamentos indesejáveis socialmente. Características que supostamente apresentavam as mulheres como “superiores” aos homens foram relacionadas a atividades domésticas. Algumas das narrativas evidenciaram o prejuízo que os estereótipos já haviam causado aos próprios jovens, na medida em que remetiam a determinada postura que nem sempre condizia com o desejo dos sujeitos. A partir das narrativas dos/as próprios/as jovens, foi possível observar que tais características são construídas socialmente e podem ser modificadas. Ressalta-se, portanto, a importância do/a profissional de Psicologia Social como mediador/a na construção de novos significados e sentidos sobre o tema.