Sistema Eletrônico de Administração de Eventos Científicos, 5º SICT-SUL - Simpósio de Integração Científica e Tecnológica do Sul Catarinense

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COLETA DE ENXAMES FUGITIVOS DE Apis mellifera HÍBRIDAS E MONITORAMENTO DE DOENÇAS APÍCOLAS – FASE V
Juliano Santos de Oliveira, Diou Roger Ramos Spido, Diogo Policarpo Semprebon, Tuan Henrique Smielewski de Souza, Lucas Almeida da Silva, Vitória Alves Pereira, Emerson Valente de Almeida, Mauricio Duarte Anastácio, Miguelangelo Ziegler Arboitte, Erik Pereira

Última alteração: 2017-04-10

Resumo


INTRODUÇÃO

As primeiras abelhas Apis mellifera introduzidas no Brasil eram de origem europeias, com o passar dos anos, estas começaram a apresentar sérios problemas sanitários (Pereira et al, 2003), posteriormente em 1957 houve a introdução de rainhas africanas com o intuito de estudos, porém estas acidentalmente enxamearam dispersando pelo país, cruzando com a abelhas Apis melliferas europeias, resultando abelhas hibridas ou africanizadas, com comportamento enxameatório mais frequente comparado as europeias (Wiese, 2000). Este trabalho tem como objetivo capturar enxames fugitivos de Apis mellifera e monitorar doenças apícolas no extremo Sul Catarinense, evitando assim que os enxames sejam mortos, preservando o meio ambiente e a capacidade de polinização entomológica na região.

METODOLOGIA

As capturas foram realizadas de acordo com a solicitação dos moradores, nos Municípios de Santa Rosa do Sul, São João do Sul, Araranguá, Turvo, Ermo, Jacinto Machado, Passo de Tores, Torres e Praia Grande, posteriormente a equipe se deslocou até o local de captura. Inicialmente era determinada a melhor estratégia para sua retirada. As abelhas eram transferidas para caixas núcleos, a cera existente no ninho era coletada e fixada nos caixilhos com auxilio de atilhos de borracha, e por último, certificava-se a presença da rainha no núcleo. Após a entrada do enxame no núcleo era aguardado período de sete a quatorze dias para realizar o transporte. Em muitos casos os enxames estavam em pneus ou troncos, estes foram transportados sem transplante para caixas núcleo com objetivo de serem utilizados posteriormente em aulas práticas e cursos. Os enxames foram todos transportados para o apiário de quarentena do IFC– Campus Santa Rosa do Sul, localizado nas coordenadas 29º06’09.98”S e 49º48’39.80”O. O transporte dos enxames era realizado no período noturno em automóvel de carroceria aberta. O monitoramento de doenças apícolas consistiu na visualização de danos nas colmeias do apiário de quarentena e no de estudos, durante os últimos anos para a identificação de agentes patogénicos que possam estar ocorrendo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o segundo semestre de 2015 foram capturados dez enxames de abelhas nas cidades de Santa Rosa do Sul, Araranguá, Turvo, Ermo e Jacinto Machado. Já no ano de 2016 durante o primeiro semestre foram capturados oito enxames de abelhas nas cidades de Santa Rosa do Sul, Passo de Torres, Torres, São João do Sul e Praia Grande. Os enxames apresentavam-se com maior frequência localizada em caixarias de casa, em tronco de árvores, em pneus e até mesmo em móveis em desuso. O mês de março de 2016 teve alta procura para realização de captura de enxames, devido o processo natural enxameatório das colmeias, sendo que os solicitantes não dominavam as técnicas de manejo dos enxames, e caso estes não focem retirados iriam utilizar técnicas de envenenamento ou fogo para extermínio dos enxames.

CONCLUSÃO

O trabalho beneficiou vários moradores da região, além de contribuir para a diminuição de acidentes com Apis melliferas e sobrevivência de enxames, proporcionando a realização de estudos apícolas.

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