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Vivemos em um momento onde a geração de altos volumes de resíduos industriais e urbanos, resultado do alto consumo, tende a contribuir para a diminuição de matérias-primas e aumento constante de gases do efeito estufa. Com este cenário, o desenvolvimento de produtos obtidos a partir de resíduos ganha destaque e corrobora para a visão de sustentabilidade essencial para a perenidade dos recursos naturais. O geopolímero enquadra-se neste contexto pela possibilidade de obtenção a partir de materiais que apresentem como fontes os alumino-silicatos, tais como cinza volante, escória de alto forno granulada e argilas calcinadas de caulinita, e demais resíduos de biomassa, como cinza de casca de arroz, cinza de óleo de palma, cinzas da incineração de resíduos urbanos, dentre outros. Apesar do apelo sustentável, o geopolímero destaca-se também como um material de engenharia, que garante ao produto aplicações variadas. Neste trabalho buscou-se apresentar as tipologias de geopolímero, relações molares entre os reagentes de acordo com a aplicação, as rotas de estudo que vem sendo desenvolvidas a fim criar massa crítica sobre o tema e estabelecer os desafios de produção. As duas principais linhas de pesquisa sobre o tema incluem o seu uso como material de construção, em substituição ao cimento Portland, e também como sistema aglutinante para imobilização de resíduos contaminantes. O geopolímero apresenta potencial para aplicação em industrias automobilística e aeronáutica para melhoria da resistência ao fogo, fundições não ferrosas e metalurgia, engenharia civil, indústrias de plásticos, entre outras. O desafio de seu desenvolvimento está na determinação da composição ideal que envolve a compreensão sobre o mecanismo de geopolimerização, uma vez que depende das matérias-primas utilizadas, assim a espécie de silicato também é importante e depende do cátion alcalino.