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IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO DE EXTENSÃO “ATENÇÃO À SAÚDE DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA OU EM RISCO DE INCAPACIDADES TEMPORÁRIAS/ PERMANENTES".
Última alteração: 2022-10-25
Resumo
INTRODUÇÃO
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem atualmente 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A deficiência é uma manifestação da diversidade humana que necessita de adequação social para promover equidade (SANTOS, 2008), ainda assim segundo a Organização Mundial da Saúde (2012) essa parcela da população enfrenta um dos piores panoramas de saúde, tanto pela vulnerabilidade social quanto econômica, o que restringe o acesso dessas pessoas a direitos já garantidos pela Constituição. A OMS (2020) ainda expõe que o Acidente Vascular Encefálico, atualmente, é uma das principais causas de incapacidades permanentes em adultos, resultando em algum grau de deficiência ao paciente após o quadro clínico. O projeto de extensão, da Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Araranguá, “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes”, busca nesse contexto introduzir uma atuação local que tenha como prioridade as necessidades da pessoa com deficiência e incapacidades, com uma metodologia participativa e colaborativa, busca promover mudança social à essa parcela da população, instituindo ações de orientação em visitas ao Hospital Regional Deputado Afonso Guizzo (HRA) e campanhas secundárias de prevenção de incapacidades. Sua justificativa se dá através da importância de proporcionar aos alunos uma experiência junto à comunidade e também sensibilizá-los quanto ao papel exercido pela família no processo de recuperação funcional dos pacientes.
METODOLOGIA
Resume-se em um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que conta a experiência de implantação do projeto de extensão “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes”. O projeto tem como objetivo geral identificar os indivíduos com deficiência ou risco de deficiência residentes no município de Araranguá – SC e/ ou hospitalizados, considerando as condições e os cuidados de saúde recebidos e prestar assistência com orientações e atuação que priorize suas necessidades, integrando paciente, família, aluno e equipe de saúde nas ações. Aprovado pelo Sistema Integrado de Gerenciamento de Projetos de Pesquisa e Extensão (SIGPEX), sob o número 202119010, o projeto conta com duas estudantes bolsistas e onze voluntárias de extensão do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Deficiência e Saúde (NUPEDES), o mesmo iniciou suas atividades em março de 2022, nas dependências do Hospital Regional Deputado Afonso Guizzo e na UFSC, tendo como data de término 21 de fevereiro de 2027. A população contemplada pelas ações do projeto são indivíduos adultos de ambos os sexos, em situação de potencial incapacidade, acometidos por AVE e/ou outros tipos de comprometimento físicos. Além das ações desenvolvidas no Hospital, o projeto promove a integração de pesquisa e extensão através de reuniões quinzenais para discussão de literatura e elaboração de conteúdo informativo para a rede social do Instagram do NUPEDES.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pacientes e familiares recebem informações individualizadas de acordo com a demanda de seu quadro clínico, o foco da intervenção em geral são orientações quanto à introdução de atividades físicas ou exercício após a alta hospitalar. Pacientes acometidos por AVE ou com fatores de risco para a doença recebem ainda, informações dos estudantes através de material impresso com caráter informativo a respeito de prevenção de complicações e reincidência, exercícios nos pós alta, fatores risco da doença e do prejuízo causado pela imobilidade no leito. As visitas ao HRA são realizadas uma vez por semana, às sextas-feiras pela manhã, e desde do início das atividades do projeto foram orientados, respeitando as individualidades, cerca de 25 pacientes e dois foram orientados duas vezes em diferentes internações. A partir das visitas são discutidos os casos clínicos desses pacientes, entre as acadêmicas e a coordenadora do projeto, e determinado a possibilidade da seguinte intervenção: instrução do encaminhamento para Clínica Escola de Fisioterapia da UFSC, por meio das Unidades Básicas de Saúde locais, ou visitas domiciliares periódicas. Buscando ainda uma atividade de orientação mais global para a comunidade, no dia 29 de Outubro, o projeto desenvolve a atividade “Araranguá na Campanha Nacional de Combate ao AVC” que consiste em orientar, em diferentes locais públicos da cidade, quanto ao risco e prevenção do acidente vascular cerebral (AVC). Ademais como importantes impactos comunitários do projeto podemos citar: o entendimento do perfil, das condições de saúde e das dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência no município de Araranguá-SC; o contato dos acadêmicos com a realidade da população local e através dessa maior interação promove-se o fortalecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade local, assim como fortalecimento do curso de Fisioterapia, demonstrando sua importância para a população em ações de promoção da saúde e reabilitação.
Figura 01 – Exemplo de material impresso
Fonte: Núcleo de Pesquisa em Deficiência e Saúde (NUPEDES).
CONCLUSÃO
O projeto de extensão denominado “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes” relaciona de maneira dinâmica a extensão, pesquisa e o ensino, através da vivência de situações problema há o incentivo da formação de um raciocínio integral, impactando de maneira positiva na escolha das abordagens fisioterapêuticas a serem empregadas para a disfunção apresentada. As ações junto ao Hospital Regional de Araranguá contribuem para a conscientização dos graduandos de sua função educativa e do trabalho junto à equipe multidisciplinar para promoção da saúde.
AGRADECIMENTOS
O presente projeto foi realizado com o apoio da Pró Reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
REFERÊNCIAS
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PNS 2019: país tem 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. 2021. Disponível em:https://censos.ibge.gov.br/2013-agencia-de-noticias/releases/31445-pns-2019-pais-tem-17-3-milhoes-de-pessoas-com-algum-tipo-de-deficiencia.html#:~:text=Estat%C3%ADsticas%20Sociais-,PNS%202019%3A%20pa%C3%ADs%20tem%2017%2C3%20milh%C3%B5es%20de%20pessoas,com%20algum%20tipo%20de%20defici%C3%AAncia&text=Em%202019%2C%20segundo%20a%20Pesquisa,de%20idosos%20estavam%20nessa%20condi%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 12 ago. 2022
MUNDIAL, BANCO. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, Relatório mundial sobre a deficiência. World Health Organization. The World Bank. Tradução Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012.
SANTOS, Wederson Rufino dos. Pessoas com deficiência: a nossa maior minoria. Physis: revista de saúde coletiva, v. 18, p. 501-519, 2008.
SAÚDE, Organização Pan Americana da. OMS revela principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo entre 2000 e 2019. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-12-2020-oms-revela-principais-causas-morte-e-incapacidade-em-todo-mundo-entre-2000-e#:~:text=Doen%C3%A7a%20card%C3%ADaca%2C%20diabetes%2C%20AVC%2C,2019%20em%20compara%C3%A7%C3%A3o%20com%202000. Acesso em: 12 ago. 2022.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2019) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem atualmente 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. A deficiência é uma manifestação da diversidade humana que necessita de adequação social para promover equidade (SANTOS, 2008), ainda assim segundo a Organização Mundial da Saúde (2012) essa parcela da população enfrenta um dos piores panoramas de saúde, tanto pela vulnerabilidade social quanto econômica, o que restringe o acesso dessas pessoas a direitos já garantidos pela Constituição. A OMS (2020) ainda expõe que o Acidente Vascular Encefálico, atualmente, é uma das principais causas de incapacidades permanentes em adultos, resultando em algum grau de deficiência ao paciente após o quadro clínico. O projeto de extensão, da Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Araranguá, “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes”, busca nesse contexto introduzir uma atuação local que tenha como prioridade as necessidades da pessoa com deficiência e incapacidades, com uma metodologia participativa e colaborativa, busca promover mudança social à essa parcela da população, instituindo ações de orientação em visitas ao Hospital Regional Deputado Afonso Guizzo (HRA) e campanhas secundárias de prevenção de incapacidades. Sua justificativa se dá através da importância de proporcionar aos alunos uma experiência junto à comunidade e também sensibilizá-los quanto ao papel exercido pela família no processo de recuperação funcional dos pacientes.
METODOLOGIA
Resume-se em um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, que conta a experiência de implantação do projeto de extensão “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes”. O projeto tem como objetivo geral identificar os indivíduos com deficiência ou risco de deficiência residentes no município de Araranguá – SC e/ ou hospitalizados, considerando as condições e os cuidados de saúde recebidos e prestar assistência com orientações e atuação que priorize suas necessidades, integrando paciente, família, aluno e equipe de saúde nas ações. Aprovado pelo Sistema Integrado de Gerenciamento de Projetos de Pesquisa e Extensão (SIGPEX), sob o número 202119010, o projeto conta com duas estudantes bolsistas e onze voluntárias de extensão do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Vinculado ao Núcleo de Pesquisa em Deficiência e Saúde (NUPEDES), o mesmo iniciou suas atividades em março de 2022, nas dependências do Hospital Regional Deputado Afonso Guizzo e na UFSC, tendo como data de término 21 de fevereiro de 2027. A população contemplada pelas ações do projeto são indivíduos adultos de ambos os sexos, em situação de potencial incapacidade, acometidos por AVE e/ou outros tipos de comprometimento físicos. Além das ações desenvolvidas no Hospital, o projeto promove a integração de pesquisa e extensão através de reuniões quinzenais para discussão de literatura e elaboração de conteúdo informativo para a rede social do Instagram do NUPEDES.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pacientes e familiares recebem informações individualizadas de acordo com a demanda de seu quadro clínico, o foco da intervenção em geral são orientações quanto à introdução de atividades físicas ou exercício após a alta hospitalar. Pacientes acometidos por AVE ou com fatores de risco para a doença recebem ainda, informações dos estudantes através de material impresso com caráter informativo a respeito de prevenção de complicações e reincidência, exercícios nos pós alta, fatores risco da doença e do prejuízo causado pela imobilidade no leito. As visitas ao HRA são realizadas uma vez por semana, às sextas-feiras pela manhã, e desde do início das atividades do projeto foram orientados, respeitando as individualidades, cerca de 25 pacientes e dois foram orientados duas vezes em diferentes internações. A partir das visitas são discutidos os casos clínicos desses pacientes, entre as acadêmicas e a coordenadora do projeto, e determinado a possibilidade da seguinte intervenção: instrução do encaminhamento para Clínica Escola de Fisioterapia da UFSC, por meio das Unidades Básicas de Saúde locais, ou visitas domiciliares periódicas. Buscando ainda uma atividade de orientação mais global para a comunidade, no dia 29 de Outubro, o projeto desenvolve a atividade “Araranguá na Campanha Nacional de Combate ao AVC” que consiste em orientar, em diferentes locais públicos da cidade, quanto ao risco e prevenção do acidente vascular cerebral (AVC). Ademais como importantes impactos comunitários do projeto podemos citar: o entendimento do perfil, das condições de saúde e das dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência no município de Araranguá-SC; o contato dos acadêmicos com a realidade da população local e através dessa maior interação promove-se o fortalecimento do vínculo entre a universidade e a comunidade local, assim como fortalecimento do curso de Fisioterapia, demonstrando sua importância para a população em ações de promoção da saúde e reabilitação.
Figura 01 – Exemplo de material impresso
Fonte: Núcleo de Pesquisa em Deficiência e Saúde (NUPEDES).
CONCLUSÃO
O projeto de extensão denominado “Atenção à saúde de pessoas com deficiência ou em risco de incapacidades temporárias/permanentes” relaciona de maneira dinâmica a extensão, pesquisa e o ensino, através da vivência de situações problema há o incentivo da formação de um raciocínio integral, impactando de maneira positiva na escolha das abordagens fisioterapêuticas a serem empregadas para a disfunção apresentada. As ações junto ao Hospital Regional de Araranguá contribuem para a conscientização dos graduandos de sua função educativa e do trabalho junto à equipe multidisciplinar para promoção da saúde.
AGRADECIMENTOS
O presente projeto foi realizado com o apoio da Pró Reitoria de Extensão (PROEX) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
REFERÊNCIAS
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PNS 2019: país tem 17,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. 2021. Disponível em:https://censos.ibge.gov.br/2013-agencia-de-noticias/releases/31445-pns-2019-pais-tem-17-3-milhoes-de-pessoas-com-algum-tipo-de-deficiencia.html#:~:text=Estat%C3%ADsticas%20Sociais-,PNS%202019%3A%20pa%C3%ADs%20tem%2017%2C3%20milh%C3%B5es%20de%20pessoas,com%20algum%20tipo%20de%20defici%C3%AAncia&text=Em%202019%2C%20segundo%20a%20Pesquisa,de%20idosos%20estavam%20nessa%20condi%C3%A7%C3%A3o Acesso em: 12 ago. 2022
MUNDIAL, BANCO. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, Relatório mundial sobre a deficiência. World Health Organization. The World Bank. Tradução Lexicus Serviços Linguísticos. São Paulo: SEDPcD, 2012.
SANTOS, Wederson Rufino dos. Pessoas com deficiência: a nossa maior minoria. Physis: revista de saúde coletiva, v. 18, p. 501-519, 2008.
SAÚDE, Organização Pan Americana da. OMS revela principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo entre 2000 e 2019. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-12-2020-oms-revela-principais-causas-morte-e-incapacidade-em-todo-mundo-entre-2000-e#:~:text=Doen%C3%A7a%20card%C3%ADaca%2C%20diabetes%2C%20AVC%2C,2019%20em%20compara%C3%A7%C3%A3o%20com%202000. Acesso em: 12 ago. 2022.
Palavras-chave
Saúde; Incapacidade; Fisioterapia.
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